Falta de chuvas no Paraná, causa efeitos negativos na agricultura, saúde e agrava riscos de incêndios Por CLAYTON BURGATH Postado em 25 de agosto de 2021 0 AGÊNCIA REBOUÇAS- Rua: José Afonso Vieira Lopes, 303 - Centro, Tel (42) 3457-1100 O Paraná há mais de um ano, vive uma estiagem sem precedentes, com chuvas abaixo da média e redução da vazão de rios e poços utilizados para abastecimento. No início de agosto, o governo estadual publicou o quarto decreto de emergência hídrica no Paraná, em sequência, reconhecendo a gravidade da estiagem e priorizando o uso da água para abastecimento humano e animal. Em julho, houve 1.505 focos de queimadas no Paraná, 125% a mais que no mesmo mês do ano passado. Nos primeiros dias de agosto, as ocorrências mais do que dobraram, passando de 674 registros entre os dias 1º e 8 de agosto, contra 329 no mesmo período de 2020. O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky, destaca que a condição atual evidencia os graves efeitos da degradação ambiental em todo o planeta. https://www.portalnoticiadaregiao.com.br/wp-content/uploads/2021/08/seca-01.mp3 Sem chuvas significativas no momento do plantio de grãos, muitos produtores atrasaram a semeadura, fazendo com que a produção sofresse impacto de pragas e de geadas fora dos ciclos convencionais. A quebra na produção de milho, por exemplo, foi de 58% na segunda safra em relação ao mesmo período da cultura no ano passado, acarretando um prejuízo de doze bilhões de reais na economia. De acordo com o chefe do Departamento de Economia Rural, Salatiel Turra, como consequência o grão de milho está 124% mais caro do que no ano passado, com reflexos na criação de frango, peixe e porco. https://www.portalnoticiadaregiao.com.br/wp-content/uploads/2021/08/seca-02.mp3 A falta de chuvas, também deixa o tempo seco, com pouca umidade no ar, e consequentemente contribui para o ressecamento da mucosa das vias aéreas, o que acaba facilitando o surgimento de alergias, asma, bronquite, dermatites, gripes e resfriados. E como consequência infecções bacterianas secundárias como pneumonia, sinusite, otites e laringites. Como maneira de amenizar os efeitos da crise hídrica no estado, mais cidades foram incluídas no rodízio de abastecimento da Sanepar.