O professor como último baluarte de uma educação de qualidade Por CLAYTON BURGATH Postado em 30 de março de 2025 0 INFORMATIVO DA EDUCAÇÃO DE REBOUÇAS Ricardo Antunes, autor de Uberização, Trabalho e Indústria 4.0, define Uberização como um sistema em que “trabalhadores e trabalhadoras com seus automóveis arcam com as despesas de seguros, gastos de manutenção de seus carros, alimentação, limpeza, etc., enquanto o” aplicativo” se apropria do mais-valor gerado pelo sobretrabalho dos motoristas, sem nenhuma regulação social do trabalho.” Para os educadores, arcar com os custos de materiais para fazer seus trabalho não é novidade. Borrachas, lápis, giz, tesouras, mimos para os alunos, etc., materiais básicos para executar nossas profissões são comprados por nós. Com raras exceções de gestão, na maioria das prefeituras os custos para trabalhar são dos trabalhadores. Quanto mais neoliberal o governo, mais o trabalhador precisa arcar com os custos de seu próprio trabalho. E, como no caso da educação reboucense, mesmo que a prefeitura queira dar suporte aos seus profissionais, ainda há sistemas como a plataforma LRCO que obrigam os profissionais a utilizarem seus celulares e notebooks particulares para fazer seu trabalho. Inclusive, forçam a trabalho extra quando em período de fechamento de notas, pois o sistema “fecha” antes de haver possibilidade de finalizar o preenchimento. Enquanto categoria, precisamos nos organizar e reivindicar equipamentos e condições necessárias para nosso trabalho sem que isso signifique fazer uso de nosso próprio dinheiro, obtido através do nosso trabalho, para poder executar nosso trabalho. Marcos Vinicius Ferronatto- Professor