Autoridades alertam: cresce o risco de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas Por CLAYTON BURGATH Postado em 6 de outubro de 2025 0 Polícia Federal investiga falsificação de destilados como vodca e uísque; especialistas reforçam orientações para evitar tragédias causadas por consumo de álcool ilegal. A Polícia Federal intensificou as investigações sobre um esquema de falsificação de bebidas alcoólicas que vem preocupando as autoridades sanitárias e de segurança pública em todo o país. O foco da apuração, até o momento, são destilados como vodca e uísque, onde há indícios de adulteração com metanol, substância altamente tóxica e potencialmente letal. Segundo Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas (ABBD), é essencial redobrar os cuidados no momento da compra. Ele recomenda que o consumidor opte por estabelecimentos registrados e de confiança, desconfie de preços muito abaixo do normal, verifique a integridade do lacre e a qualidade da rotulagem, que deve conter informações corretas sobre o produtor e o registro no Ministério da Agricultura. Em ambientes como bares, festas e eventos, a atenção deve ser ainda maior. O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubo, alerta que a fiscalização nesses locais é mais complexa, o que exige prudência por parte do público. “Enquanto a cadeia criminosa não for totalmente desmantelada, o consumidor precisa mudar seus hábitos e ficar atento ao que consome”, orienta. O metanol é um álcool industrial sem odor forte nem gosto desagradável, o que dificulta sua identificação. No entanto, sua ingestão pode causar cegueira, dores abdominais, náuseas, vômitos, sudorese intensa e até a morte. Os sintomas são distintos dos de uma ressaca comum e exigem atendimento médico imediato. Diante do aumento de casos suspeitos, a mensagem das autoridades é direta e preventiva:“Na dúvida, não compre, não beba.”
