Rebouças: Fisioterapeuta apresenta panorama dos atendimentos e desafios da Clínica Municipal de Fisioterapia Milton Zanon Por CLAYTON BURGATH Postado em 22 de outubro de 2025 0 Na Tribuna Livre da Câmara de Rebouças, profissional destacou a alta demanda e as medidas adotadas para reduzir a fila de espera Na noite desta terça-feira, 21 de outubro de 2025, a fisioterapeuta Marilei Domingues, responsável pela Clínica Municipal de Fisioterapia Milton Zanon, utilizou a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Rebouças a convite do vereador Aguinaldo Hurbik, para prestar esclarecimentos sobre o funcionamento do serviço, a demanda reprimida e as estratégias adotadas para melhorar o atendimento à população. Durante a explanação, Marilei apresentou um panorama detalhado da situação atual da fisioterapia municipal, destacando que o número de pacientes aguardando atendimento ainda é expressivo. “Quando recebemos o requerimento, tínhamos 368 pessoas na fila de espera, com tempo médio de espera entre oito e nove meses. Atualmente, esse número caiu para 259, graças a algumas medidas adotadas”, informou. Entre as ações implementadas, a fisioterapeuta destacou a criação de grupos de atividade sinesioterápica, voltados a pacientes com diagnósticos semelhantes, como problemas de ombro e coluna. Essa estratégia, segundo ela, tem como objetivo ampliar o número de atendimentos e reduzir a fila. “Formamos turmas para tratar de forma coletiva, mas sempre com acompanhamento e orientação. É uma medida temporária, adotada para aliviar a demanda”, explicou. A profissional também relatou dificuldades enfrentadas pela equipe, composta por quatro fisioterapeutas, sendo ela a única com carga horária de 40 horas semanais. “Precisamos atender pacientes vindos dos cinco PSFs do município, além de encaminhamentos do MAC, hospitais e do CCI. Muitos pacientes fazem exames particulares, mas optam por realizar a fisioterapia pelo SUS, o que amplia ainda mais a procura”, relatou. Marilei frisou que a estrutura física da clínica é limitada, com apenas uma sala de avaliação adequada, e que os atendimentos frequentemente ocorrem com dois ou três profissionais no mesmo espaço. “Mesmo que fossem contratados mais fisioterapeutas, o local atual não comporta novos profissionais”, pontuou. Ela também explicou os critérios de prioridade para atendimento, que incluem casos de fraturas, pós-operatórios, AVCs e doenças cardiorrespiratórias. “Esses casos exigem início rápido do tratamento para evitar sequelas. Porém, como a demanda é muito grande, as condições crônicas acabam se acumulando na fila”, destacou. Entre as propostas apresentadas, Marilei sugeriu a ampliação do espaço físico da clínica, com a construção de uma nova unidade, aquisição de equipamentos, aumento do número de profissionais e possíveis parcerias com consultórios particulares. No entanto, ela observou que, até o momento, não houve interesse de clínicas privadas em atender pelo valor ofertado via consórcio. Encerrando sua fala, a fisioterapeuta reafirmou o compromisso da equipe e da Secretaria Municipal de Saúde. “Mesmo diante das limitações, seguimos trabalhando com dedicação, buscando oferecer um atendimento de qualidade e humanizado à população de Rebouças”, concluiu.