Informe Agrícola- Sindicato Trabalhadores Rurais de Rebouças

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*****A colheita da soja praticamente terminou, nas lavouras gaúchas. E, nos próximos dias, devem ser divulgados os números oficiais da produção, que terá quebra, por conta da seca. A Emater informa que falta colher cerca de dois por cento da área. Já se sabe, por exemplo, que em regiões como as de Santo Ângelo e Caibaté, as perdas podem chegar a 70 por cento, até porque tem muita lavoura com rendimento abaixo de uma tonelada por hectare. Na região de Santa Rosa, são duas toneladas por hectare, tombo de 40 por cento. Por conta dos problemas, já foram feitas mais de 10 mil vistorias do Proagro em plantações de soja, em todo o Rio Grande do Sul.
*****O mercado do frango, que não vinha nada bem, desde o começo da quarentena, deu sinais de reação. Primeiro, o fechamento de bares e restaurantes derrubou a demanda e os preços. Mas, agora, a China, onde o pior da pandemia do coronavírus já passou, começa a retomar as compras. As exportações totais de frango cresceram 25 por cento, na primeira metade de maio, para 20 mil toneladas por dia, apontam dados do Governo. Com isso e com um pequeno aumento da demanda, por aqui, os preços chegaram a subir quase 10 por cento, neste mês. O Cepea informa que o valor do quilo do frango congelado em São Paulo, por exemplo, chega perto dos quatro reais e 30 centavos.
*****E no mercado da carne de porco, a situação é parecida. A demanda cresceu, seja dentro ou fora do País, e o preço subiu com força. Assim, o poder de compra do criador, que não era nada bom, há alguns dias, melhorou. É verdade que milho e soja, usados como ração, ficaram cinco e oito por cento mais caros, neste mês, até agora. Só que o valor do suíno vivo disparou mais de 25 por cento, em algumas praças. Casos de São Paulo, onde a cotação passa de quatro reais e 70 centavos o quilo; e de Minas, onde ela se aproxima dos cinco reais, informa também o Cepea. Vale destacar, porém, que o poder de compra do criador de porcos é, hoje, bem pior que o do ano passado.