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Especialistas confirmam a deputados que tabagismo é fator de risco para a Covid 19

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a cada ano o tabagismo é responsável por oito milhões de mortes no mundo. No Brasil morrem a cada dia 428 pessoas vítimas de complicações ligadas ao hábito de fumar.
Para discutir a relação do tabagismo e da tuberculose com a covid-19, os deputados da comissão externa criada para acompanhar as ações de combate à pandemia realizaram reunião técnica com especialistas nestas áreas.
A secretária executiva da Comissão Nacional responsável pela convenção da Organização Mundial da Saúdepara controle do Cabaco, Tânia Cavalcante, alertou para o fato de que, por terem lesões pulmonares causadas pelos cigarros, os tabagistas são um grupo de risco para a covid- 19 apresentando quadros mais graves e com mortalidade de duas a três vezes maior que o restante da população.
Tânia Cavalcante destacou que desde 1993 o tabagismo é considerado doença e que as campanhas de combate ao fumo realizadas no Brasil diminuíram o número de fumantes que era de 15,7% da população em 2006 para 9,8% em 2019. Mas, apesar da redução significativa, 20 milhões de brasileiros ainda fumam.

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O presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Fred Fernandes, lembrou que a tuberculose foi responsável pela morte de um milhão e meio de pessoas no mundo em 2018 e que agora, com a pandemia de covid, esses números podem aumentar, principalmente por causa do confinamento e da falta de acesso da população a um diagnóstico adequado.
“A gente tem que estar preparado para que, da mesma forma que a prática médica mudou, o enfrentamento à tuberculose também mude com ações que privilegiem o contato à distância, por telefone ou internet de agentes de saúde com pacientes que estão em vulnerabilidade ou com os pacientes que estão em tratamento, tudo isso tem que ser repensado para a gente não perder a mão e não deixar a tuberculose explodir durante essa sobrecarga do sistema de saúde que vemos com a Covid 19”.
A representante do Ministério da Saúde, Denise Arakaki, lembrou que a tuberculose é uma doença diretamente relacionada à pobreza e para sua erradicação são necessários esforços de várias partes da sociedade.
“A gente vai ter a população desigualmente afetada quem pode ficar em casa de classes sociais mais favorecidas estão morrendo de tédio, enquanto as pessoas tuberculosas estão morrendo de fome. Então, isso precisa sim de um estado emergencial que consiga socorrer socialmente essas pessoas, proteger essas pessoas, garantir que os serviços públicos cheguem a essas pessoas”.
A relatora da comissão, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), do Cidadania de Santa Catarina, defendeu que sejam realizadas campanhas para alertar a população de que o tabagismo coloca as pessoas no grupo de risco para a covid.
“Ver como a gente pode avançar a partir dessa nossa reunião de hoje nas informações. A gente vê falar e trabalhamos muitos os cuidados para a gente prevenir a questão da proliferação muito rápida do coronavírus, mas muito pouco tem se falado nos veículos de comunicação da relação do tabagismo é a covid 19”.
O presidente da comissão, deputado Luiz Antônio Teixeira Júnior (PP-RJ), do PP do Rio de Janeiro, chamou atenção para a necessidade de medidas para o enfrentamento dessas doenças após a pandemia.

*Câmara Federal

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